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sábado, 24 de abril de 2010

O SURGIMENTO DA MODA

A moda é um fenômeno que surgiu entre o final da Idade Média e o começo da Renascença, na côrte de Borgonha, que hoje é parte da França, devido a intensificação das trocas comerciais; a prosperidade da alta burguesia e da burguesia; o enriquecimento das côrtes italianas; as enormes mudanças socioculturais e econômicas da época e a necessidade de uma noção de indivíduo.

Como resultado desse contexto “houve o surgimento de trajes diferenciados para o homem e para a mulher, em oposição à túnica usada por ambos os sexos durante séculos”. (Dario Caldas, 1999, p.31) O que havia até o século XIV era o modo de vestir egípcio ou grego que durou 3.000 anos e então foi substituído pela distinção dos sexos. O gibão para os homens e o vestido marcando o busto para as mulheres. Tal diferenciação de sexos só perduraria até o final do século XX.

Nesse período em que se começava a encontrar uma atitude de substituição de peças de roupa, como também de distinção entre os sexos, a moda da época, ou melhor, o vestuário da época, estava sendo ditado pelos costureiros que decidiam o que seria usado pela maioria das pessoas. Decisões essas que o povo que não tinha poder para opinar. Muito além disso, o processo e o desenvolver das roupas se dava de modo opressor, impondo às pessoas um caminho sem escolhas sobre o que vestir porque só existia aquilo já feito e pronto. Só havia duas opções, usar ou usar.

Com o passar do tempo os costureiros das cidades começaram a ter o senso criativo, ou seja, expunham novas idéias prontas para que aumentasse o poder de escolha do povo que agora começara a gostar da idéia opinativa entre duas ou mais peças de roupa. As madames partiram para a ousadia confiantes nas idéias súbitas de seus cúmplices da moda, os costureiros. Vez ou outra, pessoas nas ruas se maravilhavam com uma criação inusitada usada por alguém conhecido. Encontrar alguém com um chapéu em forma de navio da cabeça era algo comum.

Ao mesmo tempo em que certos estilistas determinavam a roupa de todos, o indivíduo em si obteve uma consciência de que necessitava ser ele mesmo. Alguns não se importavam em estar diferente da maioria, mergulhando nas criações escandalosas de seus costureiros. Essa idéia de individualidade foi aparecendo aos poucos mudando a aparência das pessoas, que antes, apenas ao ver seu traje podia-se saber a qual classe social pertencia. Independência no vestir era o maior desejo de uma pessoa.

Foi a partir do final do século XX que se constatou uma mudança constante e efêmera das roupas. Principalmente nas femininas. Fato ocorrido por as mulheres serem mais vaidosas que os homens. Surge uma imensa variedade de roupas e de estilos facilitando um visual cada vez mais particular para as pessoas, que por sua vez vem se tornando seu próprio estilista. A grande oferta de produtos de vestuário passou a consentir que as pessoas tenham muito pouco ou nada igual de ninguém.

Muito além do que estava sendo ditado, a moda passou a associar as tendências de roupa da época adaptadas ao estilo de cada um. Estilo esse marcado pela personalidade e empurrado pelo o contexto de nosso meio.

No decorrer dos anos 90 até os dias atuais ficou comum a expressão: “a moda entrou na moda” (Érika Palomino, 2002, p.8), pois as pessoas passaram a desejar mudanças constantes. A cada dia que passa a aparência vem ganhando mais espaço e importância nas sociedades. Desfiles de moda no Brasil e no mundo trazem as mais novas tendências das estações por vir para um público crescente e ávido não só à tecnologia, mas também à moda, à beleza e à boa apresentação individual.

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